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Portugueses querem revolucionar a sinalização das estradas

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Portugueses querem revolucionar a sinalização das estradas 04-03-2013

Um sistema inteligente de comunicação entre veículos que está a ser desenvolvido por universidades de Portugal e dos EUA promete acabar com os tradicionais semáforos e permitir tempos de viagem mais curtos, logo menos consumo energético e menos poluição, bem como uma menor sinistralidade. 

A Universidade do Porto (UP), em conjunto com a Carnegie Mellon University, apresenta os "Virtual Traffic Lights", semáforos integrados dentro de cada veículo que mudam entre o verde e o vermelho consoante o trânsito da interceção a que se dirige.

 

Este novo mecanismo de sinalização permitirá que os condutores fiquem parados nos sinais em situações onde não existe movimento de tráfego e, assim, reduzir o tempo e o tamanho das filas de trânsito.

 

Hugo Conceição, um dos principais investigadores do projeto, explicou ao portal Boas Notícias que o principal benefício é a poupança de tempo, mas frisou que o sistema também ajuda a reduzir os níveis de poluição já que "a viagem casa-trabalho, trabalho-casa, pode ser encurtada em valores muito significativos".

 

O semáforo integrado que é mostrado ao condutor depende do estado do trânsito no momento. "Se for o único carro a aproximar-se na intersecção é concedida a passagem imediata. Se, no entanto, outros carros se estiverem a aproximar da mesma intersecção, o condutor é alertado", explica o investigador.

 

Os "Virtual Traffic Lights" já foram testados, entre setembro e dezembro de 2009, no Porto. Hugo Conceição destacou que "os resultados iniciais foram muito bons, com benefícios superiores a 60%". Uma viagem que normalmente dura 60 minutos passaria a demorar cerca de 24 minutos, mais de metade do tempo despendido. "Há uma óbvia margem de erro neste tipo de estudos, mas os resultados são promissores", acrescentou.

 

“A nossa aplicação é traduzida numa alteração muito simples: em vez de o condutor ter de olhar para um semáforo colocado na intersecção, o sinal passa a ser mostrado dentro do veículo. Neste sentido, esperamos uma adaptação rápida e fácil", sublinhou.

 

O projeto, que deverá estar concluído em 2015, encontra-se em fase de delineação de um protocolo que garanta a segurança do sistema em qualquer situação, incluindo ao nível dos peões. 

 

A equipa está a estudar métodos que permitam a interação entre condutores e peões, podendo passar pela introdução de uma nova sinalética no interior dos veículos ou por manter a infraestrutura atual, dotando-a de capacidades de comunicação com os veículos.

 

Esta inovação pretende ainda reduzir a taxa de sinistralidade. "A instalação de um semáforo obedece a uma série de critérios como visibilidade e volume de trânsito. Numa intersecção no meio rural, onde passam poucos veículos, dificilmente será instalado um semáforo. Esta falta de controlo leva, por vezes, a acidentes muito graves", conclui o investigador.


EE / Boas Notícias

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