
A liberalização do mercado de energia tem resultado em preços mais baixos para os consumidores, garante a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
Com a liberalização do mercado, os clientes passaram a poder escolher entre vários comercializadores. Se em março de 2012 os clientes podiam escolher entre apenas três ofertas, em dezembro do mesmo ano podiam escolher entre 22.
De acordo com a ERSE, um casal com dois filhos, com um consumo anual de 5.000 kWh e uma potência contratada de 6,9 kVA, pagou 1005 caso tenha continuado com a EDP SU (Serviço Universal). Porém, se tivesse mudado de operador, pagaria 926,17 euros com a EDP SU Bihorária ou 905,23 euros com a Galp Dual Confort, por exemplo.
A transição dos clientes para o mercado liberalizado tem sido gradual. Até ao final de Janeiro de 2013, cerca de 1,5 milhões de consumidores já mudaram para comercializadores de mercado.
Em causa estão números publicados no “Resumo informativo do mercado retalhista de eletricidades”, no qual o regulador fez algumas simulações do custo anual da eletricidade para vários perfis de consumo, apresentando valores para vários momentos do ano passado.
“Os resultados trimestrais são enganadores. Têm uma certa volatilidade, porque resultam de campanhas”, notou Vítor Santos. Para o presidente da ERSE, a partir desses números “não se pode definir uma tendência”.
O regulador sublinha que a maioria dos consumidores domésticos de eletricidade está ainda nas tarifas reguladas (agora designadas tarifas transitórias) da EDP Serviço Universal, pagando o preço mais alto de todas as ofertas disponíveis. Contudo, segundo a ERSE, a fatura anual para esses consumidores manteve-se constante ao longo de 2012, de acordo com o mesmo jornal.
EE