
O primeiro-ministro espanhol anunciou, esta sexta-feira, após o conselho de ministros, que a fatura da luz vai encarecer 2,3 por cento já no próximo dia 1 de janeiro. O aumento vigorará apenas durante o primeiro trimestre de 2014.
A 19 de dezembro foi realizado um leilão em Espanha para determinar as tarifas elétricas a vigorar em janeiro. Esse leilão ditou um aumento de 29,5 por cento do preço grossista, implicando um acréscimo de cerca de 11 por cento para os consumidores.
O Governo espanhol suspeitou de manipulação, tendo solicitado, com caráter de urgência, que a Comissão Nacional dos Mercados e da Concorrência (CNMC) abrisse uma investigação.
O regulador informou, no dia seguinte, que o leilão não reunia as condições necessárias para ser considerado válido, devido à ocorrência de "circunstâncias atípicas no desenvolvimento do mesmo e num contexto de preços elevados no mercado diário durante as semanas que antecederam o leilão".
Esta quinta-feira, o regulador apresentou duas possíveis soluções. Uma ditaria uma subida para os consumidores de 1,4 por cento e a outra de 2,9 por cento.
Agora, após o conselho de ministros, Mariano Rajoy anunciou que o aumento será de 2,3 por cento. Este aumento é composto por 1,4 por cento correspondente ao preço da energia e por 0,9 por cento correspondente ao incremento das ‘portagens’ de acesso na tarifa elétrica (a parte regulada do recibo).
O chefe do Governo referiu que foi assim aprovado um decreto de lei real com um “mecanismo transitório” de fixação do preço da energia para o primeiro trimestre, depois de ter sido anulado o referido leilão da semana passada.
“Este mecanismo transitório será aplicável apenas neste primeiro trimestre e será depois substituído por um mecanismo definitivo de leilões”, explicou Mariano Rajoy.
Esta subida da luz corresponderá a um aumento mensal de 1,78 euros, já com impostos incluídos, na fatura total de um consumidor médio, de acordo com os cálculos realizados pela organização de defesa do consumidor Facua.
A tarifa elétrica de último recurso (TUR), que a partir de janeiro se denominará preço voluntário ao pequeno consumidor, é determinada, praticamente em partes iguais, por dois elementos: o custo da energia (definido pelos leilões) e a parte regulada, definida como 'portagens' e estabelecida pelo Governo.
EE / Jornal de Negócios