14-09-2013
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) adverte que só com um ambiente político favorável, capaz de atrair investimento privado, é que a África Ocidental conseguirá atingir a meta de ter energia sustentável para todos até 2030.
O alerta foi feito na quarta-feira num encontro sobre o tema promovido pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) em Bissau. A reunião destina-se a preparar uma estratégia de energia da CEDEAO até 2030.
O encontro surge na sequência do "Livro branco para o acesso a serviços modernos de energia", subscrito pelos 15 Estados-membros em 2006 e que estabelece os desafios e objetivos da política energética até 2030.
O PNUD é um parceiro técnico na implementação da iniciativa e considera que, para se alcançar a meta de ter energia sustentável para todos, "a participação do setor privado será essencial para responder às necessidades de enorme investimento", referiu Gabriel Dava, membro da representação da ONU em Bissau.
"Para transformar em investimentos concretos o imenso potencial energético que existe na África Ocidental, terá de ser implementado um ambiente político favorável e as capacidades terão de ser reforçadas", acrescentou.
Na prática, o PNUD acredita que terá que haver "uma parceria entre o setor privado, governos, sociedade civil, universidades e parceiros de desenvolvimento".
No caso da Guiné-Bissau, a falta de energia elétrica é recorrente e agravou-se este ano por falta de dinheiro para comprar combustível que alimente os geradores da rede pública, explicou o diretor da companhia de Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB), Wasna Papai Danfá.
Só raramente há energia da rede, que cobre apenas parte de Bissau. Tanto na capital como no resto do país, só as famílias ou entidades que possuem gerador próprio tem energia elétrica assegurada.
EE / Notícias ao Minuto